Sérgio Alcides   @  Imagem: Arquivo pessoal

O poeta e professor Sérgio Alcides é o convidado de hoje da série A nova literatura brasileira, do projeto Sempre um Papo. Também crítico literário, tradutor e ensaísta, com vários trabalhos na área da literatura, Alcides aproveita o encontro para lançar sua mais recente coletânea de poemas, ‘Píer’ (Editora 34).

Em seu terceiro volume de poemas, o escritor explora temas diversos, que vão da evocação ao mar, como em “Falta”: “Maré baixa. O píer não se precipita senão como o resíduo que vem dar na praia, memória do mar, areia raiada ainda pelas pegadas das águas em fuga”, a outros de tendência mais existencialista, como “Drama”: “Penso no meu futuro morto, que cresceu dentro de mim por tantos anos, comigo, e hoje espera paciente a minha despedida”.

Formado em comunicação social, Sérgio Alcides conta que chegou a trabalhar durante cinco anos como jornalista, antes de começar a dar aulas. Com o livro ‘Estes penhascos’, sobre o poeta inconfidente Cláudio Manuel da Costa, venceu dois prêmios importantes, o Minas de Cultura e o Cidade do Recife. Organizou ainda edição de ‘Eu e outras poesias’, de Augusto dos Anjos (Ática), e como tradutor verteu para o português textos de Ted Hughes, Juan Gelman, Joan Brossa e Philippe Jaccottet.

 


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Píer
Sérgio Alcides
Coleção Poesia
136 páginas
2012 – 1ª edição
apoio:
Programa Petrobras Cultural
onde comprar:
Editora 34


[toggle title=”Comentário da Editora”]Novo livro de poemas de Sérgio Alcides, Píer tem como cenário recorrente o litoral, a praia, a marinha. Muitos textos são compostos como se fossem paisagens, mas o “país” que eles retratam não se prende completamente a nenhuma geografia exterior à própria linguagem da poesia – onde a vida, a memória e a história se reordenam, transfiguradas. O conjunto inclui, além de números avulsos, três “suítes” de poemas: “Ossada”, “Píer” (iniciada quando o autor foi escritor-residente do Instituto Sacatar de Itaparica, em 2004) e “À margem do São Francisco”.

Segundo Newton Bignotto, a obra “revigora a poesia atual ao fundir em versos de rara beleza referências literárias, filosóficas e históricas com uma sensibilidade aguda para os desafios existenciais, que são de todos os tempos, e para as marcas de uma vida, que transcorre em terras, mares e cidades, que são de agora”.

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Fonte: Divirta-se Uai