Por TIAGO CORDEIRO

0,,69828901,00Sergio Hernandes, fundador da PetHub

Seguindo o estilo do couchsurfing.org (em que você encontra sofás para dormir em casas ao redor do mundo) e do AirBnb (site em que pessoas colocam quartos ou sua casa inteira para aluguel de temporada), o PetHub é uma plataforma online em que se encontra gente disposta a hospedar animais de estimação cobrando geralmente menos do que os hotéis para bichos — em São Paulo, eles não cobram menos do que R$ 50 na diária. No PetHub, é possível achar hospedagem por R$ 25. Mas, dependendo da mordomia, elas chegam a R$ 120. “Alguns cuidadores oferecem banhos e massagens, e isso aumenta o valor”, diz Sergio Hernandes, que deixou o cargo de gerente de projetos da Embratel para criar a PetHub.

Seguindo a onda de startups voltadas para animais de estimação surgidas nos últimos meses — a maioria serviços de assinaturas de produtos, como a Pack4pet, ou de localização de animais perdidos, como a FindMyPet ou a CãoFácil —, o PetHub foi criado, em dezembro do ano passado, a partir de uma experiência pessoal de Hernandes. “Tinha uma viagem marcada com minha esposa e os pais dela, mas meu sogro acabou ficando na minha casa para cuidar do nosso cachorro.”

O site funciona assim: os interessados em hospedar se cadastram e especificam que tipo de animais — como cães, gatos, peixes, aves e animais exóticos, como iguanas — têm condições de cuidar. Quem procura hospedagem entra lá e confere as ofertas. A renda da plataforma vem da taxa de 15% cobrada sobre cada diária — o pagamento é feito sempre um dia depois da devolução do animal.

Até o final de maio o PetHub já tinha 2 mil usuários cadastrados — entre os que oferecem e procuram hospedagem — nas cidades de São Paulo e ABC paulista. Em junho, o serviço foi ampliado para Baixada Santista e Rio de Janeiro, e, nos próximos meses, deverá chegar a Salvador, Belo Horizonte e Brasília. A intenção é explorar ao máximo o mercado de animais de estimação, que vai muito bem. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), faturou R$ 14,2 bilhões em 2012, 16% a mais do que no ano anterior. “Por enquanto estamos reinvestindo tudo o que ganhamos”, afirma Hernandes. Mas pode ser questão de tempo. Afinal, esse mercado é bom pra cachorro.

 

 Fonte: Revista Galileu