“António Mota é um dos mais prolíficos escritores portugueses para a infância e juventude. O caráter da sua obra tem a singular qualidade de ser ao mesmo tempo intemporal e universal”, justificou hoje o organismo à Lusa.

António Mota, escritor (Foto: divulgação)

António Mota, escritor (Foto: divulgação)

O prémio sueco ALMA, no valor de mais de 500 mil euros, é considerado o maior na área da literatura para a infância e juventude e da promoção da leitura.

As nomeações para a edição de 2014 só serão conhecidas no outono, mas a Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB) submeteu ao prémio a candidatura do escritor António Mota.

“Não tendo o seu trabalho, pelo menos até ao momento, sido objeto de muitas traduções, razão que pode talvez encontrar-se na sua natureza mais permanente e duradoura, discreta e sensível, como as mensagens que, independentemente dos tempos, dos contextos, queremos eternizadas ao longo de todas as gerações, ao longo de todos os crescimentos de todas as crianças, é esta mesma qualidade que defendemos como universal e rara”, justificou o organismo, em relação à obra de António Mota.

António Mota nasceu em 1957 em Vilarelho, Porto, começou a dar aulas aos 18 anos e teve a estreia literária ao 22 anos, com “A aldeia das flores” (1979).

Em 1983 recebeu o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, com o livro “O rapaz de Louredo” e, em 1990, o Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças com “Pedro Alecrim”.

A Fundação Calouste Gulbenkian voltou a distingui-lo com o mesmo prémio em 2004, na modalidade “Livro Ilustrado”, com “Se eu fosse muito magrinho”, com ilustração de André Letria.

António Mota tem mais de 50 livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura.

“A casa das bengalas”, “Ninguém perguntou por mim”, “O príncipe com cabeça de cavalo” e “Pedro Malasartes” são algumas das obras editadas por António Mota.

No ano passado, António Mota foi candidato ao Prémio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil, no valor de 24.000 euros, promovido pela Fundação SM, do Brasil, com o apoio da Feria Internacional do Livro de Guadalajara.

O prémio ALMA foi criado há dez anos, em memória da escritora sueca Astrid Lindgren, e tem distinguido escritores, ilustradores e organismos que trabalham na promoção da leitura para jovens e crianças.

O projeto Bibliomóvel de Proença-a-Nova, conduzido pelo bibliotecário Nuno Marçal, a escritora Alice Vieira, o projeto Palavras Andarilhas, de promoção do livro e da leitura de Beja, e a editora Planeta Tangerina também já foram nomeados para este prémio.

 

Fonte: RTP Notícias │ Portugal